Eletrólise Percutânea Intratecidular: Tendinopatia – Infográfico

A tendinopatia é descrita como uma patologia complexa e multifacetada do tendão caraterizada pela presença de dor, diminuição da função e intolerância ao exercício.
O tendão apresenta um turnover biológico de cura lento, uma vez que possui uma vascularização muito limitada e a sua taxa metabólica é cerca de 7x mais lenta que a do músculo.
A mecanotransdução é um processo essencial para a regeneração do tendão, e consiste no processo de conversão de uma carga mecânica numa resposta química ou biológica que promove adaptações estruturais e tecidulares.
O tendão é uma estrutura formada principalmente por colagénio (predominantemente do tipo I), proteoglicanos e tenócitos (sensíveis às cargas mecânicas).
Na tendinopatia ocorre a produção de citocinas pró-inflamatórias e proteoglicanos que se acumulam no espaço extracelular e retêm água (edema tendinoso), comprometendo a atividade celular, diminuindo o pH e degradando a matriz extra celular. Estes fenómenos dificultam a mecanotransdução.
Numa tendinopatia é comum verificar-se a formação de neo-neuro-vascularizações, que são encontradas em alterações da homeostasia. Além disso, ocorre aumento da concentração de lactato que vai contribuir para a redução do pH (ambiente inflamatório) e para a presença de dor no tendão.
A diminuição da atividade física/repouso provocado pela disfunção e dor promove a diminuição do processo de mecanotransdução e, consequentemente, da tolerância mecânica do tendão.

 O problema das tendinopatias é que são frequentes as falhas no processo de cura. A fase proliferativa inicia-se normalmente apenas 3 semanas após a lesão e os fibroblastos produzem colagénio tipo III. Este colagénio só se converte em tipo I através de estímulos mecânicos (mecanotransdução) que através da inatividade fica prejudicada, comprometendo a diferenciação do tecido.

 A EPI propõe-se a quebrar este ciclo pró-inflamatório/degenerativo e a potenciar os mecanismos pró-regenerativos, de modo a tornar o meio celular favorável à receção dos estímulos mecânicos (exercício e carga), através da diminuição da dor, da inflamação e da otimização da regeneração.